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Anderson Torres é preso pela PF ao desembarcar em Brasília


O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro Anderson Torres foi preso pela Polícia Federal ao desembarcar no aeroporto de Brasília neste sábado, 14. Torres retornava de uma viagem a Miami, nos Estados Unidos. O avião pousou por volta de 7h20.

A chegada de Torres a Brasília mobilizou um forte esquema de segurança no aeroporto da capital federal. Por ser delegado da Polícia Federal, ele foi levado para um batalhão da Polícia Militar. O ex-ministro passou por uma audiência de custódia por meio de uma videoconferência.

Torres é investigado por uma possível responsabilidade nos atos terroristas que depredaram a Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro. Ele foi exonerado do cargo de secretário de Segurança do DF pelo então governador Ibaneis Rocha, também investigado, logo depois das cenas de vandalismo na Esplanada. As autoridades suspeitam de omissão e facilitação por parte de Torres.

Um dos fatos ainda não desvendados sobre o último 8 de janeiro foi uma alteração, de última hora, no plano de segurança. O roteiro previa que o acesso à Esplanada estaria impedido e que também haveria um reforço no policiamento. No entanto, a proposta foi alterada na véspera, e os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro não encontraram dificuldades para avançar a barreira policial, composta apenas por dezenas de homens, e invadir e depredar as sedes do Congresso, do Planalto e do STF.

Torres deixou o comando do Ministério da Justiça no dia 31 de dezembro. No dia 2 de janeiro assumiu o cargo de secretário de Segurança do DF e, quatro dias depois, viajou para os Estados Unidos.

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A ordem de prisão foi decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes após pedido da PF, que apontou risco de os alvos usarem seus acessos ao poder distrital para atrapalhar as investigações.

Na última quarta-feira, 11, a PF fez uma operação de busca e apreensão na casa de Torres. No local, encontrou uma proposta de decreto para instaurar um estado de defesa no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, assim, alterar o resultado da eleição. Em uma rede social, Torres justificou que o material seria descartado e triturado e criticou o vazamento “fora de contexto”.

O ministro Alexandre de Moraes acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou a abertura de um inquérito contra Torres e também contra Ibaneis Rocha. Na peça, Moraes argumenta que houve “omissão” e “conivência” da cúpula do DF ao não determinar o necessário policiamento para atuar durante as manifestações do último domingo e ainda pela autorização para mais de 100 ônibus chegarem à capital federal sem o acompanhamento policial.

Em nota, a Polícia Federal informou que Torres foi encaminhado para custódia e permanecerá à disposição da Justiça.

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